Encerramento


Sérgio Ricardo e Maurice Politi

O encerramento do Ciclo Alexandre Vannucchi - FalaCanto - conversas e canções - aconteceu no dia 6 de dezembro e fez parte da Comemoração dos 40 anos da UFSCar, reunindo dois importantes protagonistas da década de 70.

 A presença vigorosa e simbólica de Sérgio Ricardo e o contraponto sensível e engajado de Maurice Politi proporcionaram um encontro no qual a história foi falada e cantada por quem  fez a história. Ficam aqui as fotos da Profa. Neusa Mariano e a promessa de edição do que foi gravado em vídeo desse encontro. 









Foto: Site Oficial
Sérgio Ricardo, conhecido pelo seu perfeccionismo e com mais de 30 discos gravados, será uma presença emblemática no encerramento do Ciclo Alexandre Vannucchi. O compositor, que cantou durante a Missa em homenagem ao estudante sorocabano logo após a sua morte em 1973, é também escritor, artista plástico e autor de trilhas de  filmes.
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Foto Teresa Melo



Mauríce Politi é Coordenador do Projeto de Promoção de Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Responsável pela Exposição "Ditadura no Brasil - 1964 a 1985", é autor do livro Resistência atrás das grades, que relata de maneira pessoal e documentada a greve de fome de presos políticos de São Paulo, em 1972.

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O evento faz parte das comemorações
UFSCar 40 Anos

FalaCanto – conversas e canções
Local – Núcleo UFSCar ETC - R. Maria Cinto de Biaggi, 130 - Santa Rosália - Sorocaba 
Data – 6 de dezembro – 19 horas
Entrada gratuita





Foto: dcedausp.blogspot.com


Leia trecho postado no Blog Instituto Humanitas Unisinos sobre a Missa de Alexandre
Quando Alexandre Vannucchi Leme, estudante de geologia da USP, foi assassinado, estudava filosofia em São Paulo. Era o ano de 1973. A repressão, comandada por Fleury, corria solta. Sem nenhum convite em jornais ou rádios, todas censuradas, com o movimento estudantil sob a mais dura e implacável repressão, uma multidão de mais de cinco mil pessoas se reuniu na Catedral da Sé, em São Paulo, para a missa de sétimo dia. Era uma sexta-feira, final de tarde. Garoava. Chegando na Praça da Sé, o aparato policial era imponente. Soldados armados de cassetetes em posição de combate. Helicópteros sobrevoando a praça. Viaturas com as sirenas ligadas circundando as ruas próximas da catedral.
A missa foi presidida por um dos bispos auxiliares de D. Paulo Evaristo Arns, que, vestido de cardeal, com tudo o que ele tinha direito, fez a homilia. Nunca esquecerei a frase que ainda ecoa na catedral da Sé toda vez que passo por lá:
“Há dois mil anos uma mãe também chorou o assassinato do seu filho. Mas a ela foi dado o direito de receber em seus braços o corpo do filho. Aqui na nossa frente está hoje uma mãe cujo filho igualmente foi assassinado. Mas a ela não foi dado o direito de ter em seus braços o corpo do filho”.
No final da celebração, sempre sob a orientação firme e serena de D. Paulo, Sérgio Ricardo cantou a música Calabouço. Já era noite quando tudo terminou. Antes da multidão se dispersar, cantando até as escadarias da catedral Prá não dizer que não falei de flores de Geraldo Vandré, D. Paulo deu claras e precisas orientações de segurança: “Ninguém saia da Praça da Sé sozinho. Procurem sair em grupos. Se alguém for preso, grite bem alto o seu número de telefone para que a família possa ser avisada”.
 http://unisinos.br/blog/ihu/2008/03/18/alexandre-vannucchi-leme-recordar-acelera-a-redencao/